Friday, December 12, 2008

Nostalgia

Fuildo, o abandono do dia finda entre púrpuras exaustas. Ninguém me dirá quem sou, ou saberá quem fui. Desci da montanha ignorada ao vale que ignoraria, e meus passos foram, na tarde lenta, vestígios deixados nas clareiras da floresta.

Ninguém soube do último barco. No correio não havia noticia da carta que ninguém haveria de escrever. Tudo, porém era falso. Não contaram histórias que outros não houvessem contado, nem se sabe ao certo do que partiu outrora, na esperança do embarque falso, filho da bruma futura e da indecisão por vir. Tenho nome entre os que tardam, e esse nome é sombra como tudo.

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